A ilha de calor é um fenômeno urbano que ocorre em áreas densamente povoadas e construídas, onde a temperatura do ar é significativamente maior do que em áreas circundantes. Isso ocorre devido à absorção da radiação solar pelos edifícios, asfalto e outras superfícies artificiais, bem como pela atividade humana. As cidades tendem a concentrar-se de poluentes e poeiras, que também contribuem para a elevação da temperatura ambiente. Como resultado, o conforto térmico humano é reduzido, aumentando o risco de insolação, desidratação, danos à saúde e até morte, especialmente em grupos vulneráveis como crianças, idosos e doentes. Para mitigar os efeitos da ilha de calor, várias estratégias são utilizadas, como a promoção da vegetação, a criação de áreas verdes e a utilização de pavimentos permeáveis. Em cidades como Lisboa e Porto, por exemplo, existe uma forte aposta na criação de parques e jardins, bem como na reabilitação de áreas degradadas, para reduzir a temperatura e melhorar a qualidade de vida. No entanto, apesar dos esforços, a ilha de calor continua a ser um desafio para as cidades modernas, especialmente no contexto das mudanças climáticas e do crescimento urbano desenfreado. A conscientização e a adoção de medidas sustentáveis são essenciais para enfrentar esse problema cada vez mais premente.